Produção Associada, Cultura e Folclore.
GT 19 – Trabalho e Educação
Agência Financiadora: não contou com financiamento
Resumo
A gênese perversa e excludente do capitalismo desencadeou crises nos processos sociais, ao ponto do desemprego e do aumento da miséria se tornarem marcas visíveis na ação que desumaniza homens e mulheres. Todavia, outras relações produtivas germinam meio a precarização da vida, como alternativas de superação econômico-social e garantia da reprodução ampliada da vida, identificada na produção associada. A centralidade que se evoca no processo criativo da sobrevivência, dá-se no fato de que homens e mulheres ao recorrerem a essas formas diferenciadas de produção, modificam sua realidade, o seu pensamento e os produtos do seu pensamento em um processo de determinação da consciência pela vida. Compreendendo a experiência humana concreta como resultante da relação histórica de homens e mulheres com a (re)produção da vida simplificada ou ampliada, buscaremos investigar como a produção associada atua na subversão da racionalidade capitalista, identificando-a como uma práxis de resistência; como são constituídas as culturas na lógica de vida dos produtores; e como a consciência social perpassa às manifestações populares particulares do folclore. Nossa análise se situa no campo marxista, elegendo o materialismo histórico dialético como método para apreender o vínculo existente entre a produção associada e a cultura como vias de emancipação do homem.
Palavras-chave: Produção Associada. Resistência. Cultura. Consciência. Folclore.
Introdução Resistência, experiência e consciência são partes da totalidade social inerente aos produtores livremente associados. Não nos referimos a personagens utópicos, mas a homens e mulheres reais que produzem suas vidas na contramão da vida de outras pessoas. Como isso é possível? De quem estamos falando?
A perversidade excludente do capitalismo desencadeou a crise do trabalho e dos