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1950 palavras
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MISCIGENAÇÃO: O OLHAR SOBRE A FORMAÇÃO ÉTNICA BRASILEIRA Milenna Oliveira Ramos Resumo: A imagem do Brasil no século XIX era tida como um grande laboratório racial. Construída pelos inúmeros viajantes que aqui estiveram essa alusão a um país de raças hibridas encontravam também acolhida entre cientistas nacionais, que nos congregavam diversos centros de ensino e pesquisa adotando modelos do determinismo racial buscando difundir o extremo pessimismo no que tange ao futuro dessa nação mestiça. O desafio desse artigo é compreender o processo de miscigenação a partir da análise de Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Holanda.
Palavras-chave: Miscigenação, Gilberto Freire, Sérgio Buarque de Holanda
Introdução A ocorrência da mestiçagem é bastante pronunciada na história do Brasil, onde não é possível a existência de uma raça pura implicando em uma constituição genética diferente, gerando uma identidade nacional única com destaque para uma população mestiça no âmbito físico e cultural. Foi a partir de 1530 que o território brasileiro foi dividido em capitanias hereditárias, assim foi estabelecido um sistema de imigração relativamente organizado de ocupação e exploração da nova terra, formando assim núcleos sociais importantes em São Vicente e Pernambuco. Foi um movimento ao mesmo tempo colonizador e povoador, pois contribuiu para formar população que se tornaria brasileira, sobretudo num processo de miscigenação que incorporou portugueses, negros e índios. Os primeiros imigrantes que se fixaram no Brasil foram os Portugueses, Italianos, Espanhóis, Alemães e Japoneses, sendo os Portugueses até ao fim do século XX o grupo dominante que correspondia mais de 30%, logo após os Italianos tem maior participação no processo migratório com quase 30%, e por fim os Espanhóis com mais de 10%%, os Alemães com mais de 5% e os Japoneses com quase 5% do total de imigrantes. Todos os imigrantes contribuíram de maneira