Produ o industrial da Penicilina G e V
- Fermentação das penicilinas G e V
A penicilina é produzida industrialmente quer pela fermentação aeróbia de substrato pelo fungo Penicillium chrysogenum, quer através de reatores agitados, com arejamento, e operados de forma semi-descontínua (isto é, alimentação contínua de várias substâncias a uma fermentação descontínua).O tanque de fermentação é carregado com um substrato, que pode ser composto de açúcar (exemplos:glicose ou sacarose), licor da maceração de milho (CSL)e outras substâncias (exemplo:sais), que são fonte de carboidratos, nitrogênio e nutrientes.
O processo de fermentação
A preparação do inóculo para a fermentação começa com a inoculação de balões de 500 ml, contendo 100 ml de meio de cultura, com esporos de Penicillium chrysogenum
Os balões são em seguida colocados num agitador orbital, numa câmara a 25°C e após 4 dias o caldo de cultura resultante é utilizado para inocular balões contendo 2 L de meio. O caldo desta segunda etapa em balões é utilizado como inóculo para nova fermentação vegetativa, com a duração de apenas 2 dias, num tanque de 100 L com agitação, arejamento, arrefecimento e controle de pH e temperatura.
Por fim, num tanque com 500 L de meio, produz-se, após 3 dias, um volume de cultura suficiente para inocular até 120 m3 de meio em tanques com 200m3 de capacidade. Após a inoculação do meio segue-se uma fase breve de operação descontínua(cerca de 12 h).
Em seguida, faz-se a regulação ao longo da fermentação, com adições de açúcar e outras substâncias (ácido fenil acético, sais, óleos vegetais, gorduras animais, amônia e ácido para correção do pH) em quantidades suficientes para manter constante o teor de biomassa na fase de produção da penicilina. A regulação das adições é estabelecida empiricamente para cada estirpe de fungo.
É de referir que a condução do processo é praticamente manual, ocorrendo apenas o controle automático ao nível da verificação da concentração de O2 dissolvido, o pH e a