CENARIO DAS FAVELAS do rio de janeiro, upps e milicias
A origem das favelas na cidade do Rio de Janeiro remonta ao Brasil colonial. A partir da segunda metade do século XIX e início do século XX a cidade do Rio passa por um processo de transformação em sua forma urbana, apresentando uma estrutura de classes espacial marcada pela estratificação em termos de classes sociais, assim fazendo com que essas classes se solidifiquem e se inicie uma luta pelo espaço, gerando conflitos que vão se refletir claramente no espaço urbano da cidade.
Desse modo, a desigualdade sócio-econômica se reflete, promovendo então, uma grande mudança na organização espacial da cidade: surgem as comunidades (antigamente denominadas de favelas) oriundas de um processo de urbanização acelerado, onde podemos citar vários fatores contribuintes , como o alto índice de desemprego, o crescimento da informalidade, especulação imobiliária, falta de política habitacional para população de baixa renda e sistema de transportes coletivos precários.
Pobreza, violência, precariedade e invisibilidade, é assim que pode ser descrito o cenário de muitas comunidades na cidade do Rio de janeiro, é de fato uma realidade tão dura a qual não estamos acostumados. Devemos ter a consciência de que as desigualdades entre as classes e suas respectivas residências ainda são abismais, e é de extrema importância ações governamentais que visem integrar essas comunidades- que proporcionam a exclusão da parte com mais baixa renda da população- ao território da cidade. Essa marcante exclusão social e desigualdade são as principais causadoras de uma invisibilidade dessa parte da população.
A invisibilidade, uma patologia social que afeta as pessoas não só das comunidades, mas em geral, as de mais baixa renda, que não tem suas necessidades (de moradia qualificada, mobilidade pública, educação de qualidade, infraestrutura e devida segurança pública) atendidas pelo governo, algumas até primordiais e garantidas