processos de internacionalização
A INTERNACIONALIZAÇÃO EMPRESARIAL NUMA ECONOMIA MUNDIALIZADA
ANTÓNIO ALEXANDRE DA COSTA ABRANTES *
"... Nenhuma empresa nacional está, de todo, livre da influência de forças envolventes estrangeiras ou internacionais, porque existe sempre a possibilidade da concorrência de importações ou de concorrentes estrangeiros que estabelecem operações no seu próprio mercado." (Donald A. Ball e Vendell H.
McClloch, Jr Negócios Internacionais, IRWIN, 5ª edição, 1996, p.16))
1. A Internacionalização das Empresas
1.1. Porquê estudar a internacionalização das empresas
O estudo da internacionalização das empresas, como parte da economia e finanças internacionais, assume uma importância cada vez maior.
Vejamos apenas dois exemplos:
A exportação de mercadorias a nível mundial tem crescido a uma taxa superior à produção dessas mesmas mercadorias.
Por sua vez, os fluxos de investimento directo estrangeiro (investimento em activos, não investimento de carteira = portfólio) apresenta taxas de crescimento ainda superiores às da exportação.
Além disso, a internacionalização empresarial cresce também em complexidade.
Por exemplo, o comércio externo de serviços como transportes, serviços financeiros, turismo, publicidade, comunicação de massas, entre outros, apelam a novas regras e novas formas de negócio.
O interesse pelas questões da economia internacional não surgiu com o póst- 2ª Guerra Mundial ou com o crescimento do GATT (Acordo Geral sobre Comércio e Tarifas em 1947) como poderia eventualmente supor-se. Não surgiu sequer com o aparecimento das grandes empresas multinacionais ou transnacionais como, por exemplo, a General Motores, cujo volume de vendas é duas ou três vezes superior ao PNB português.
Esse interesse remonta à génese da própria ciência económica sendo, inclusive, um dos seus ramos mais antigos.O século XVIII e o século XIX foram, aliás, dos períodos em que o comércio