Processos avançados de oxidação
Os processos avançados de oxidação constituem uma classe especial de técnicas de oxidação apontadas como promissoras e que geralmente envolvem baixas temperaturas e pressões23. Diversos sistemas reacionais são empregados nos AOP's, mas em todos eles se produzem radicais livres hidroxilas (OH). Estas espécies ativas reagem com as moléculas orgânicas rápida e indiscriminadamente, seja por adição à dupla ligação ou por abstração do átomo de hidrogênio em moléculas orgânicas alifáticas. O resultado é a formação de radicais orgânicos que reagem com oxigênio, dando início a uma série de reações de degradação que podem culminar em espécies inócuas, tipicamente dióxido de carbono e água19.
Os radicais hidroxilas (OH) são tradicionalmente considerados como espécies ativas responsáveis pela decomposição de poluentes, graças ao seu potencial de redução padrão de 2,8 V em meio ácido. Esses compostos são capazes de oxidar quase todos os compostos orgânicos a dióxido de carbono, exceto os compostos orgânicos mais simples como os ácidos oxálico, maléico e a acetona. Estes compostos, produtos da oxidação de moléculas maiores, participam dos ciclos energéticos da maioria dos organismos vivos1.
Atualmente, a utilização de reagentes eletrogerados tais como o ozônio e o peróxido de hidrogênio tem aumentado bastante, em função da necessidade de tecnologias limpas no tratamento de efluentes24. Contudo, a aplicação das técnicas de AOP deve considerar o elevado custo dos agentes oxidantes utilizados e, portanto, deve ser aplicado em casos de substâncias refratárias aos tratamentos biológicos, que são mais econômicos. As AOP's são aplicáveis a sistemas cuja concentração do poluente não é muito elevada (< 5,0 g/L) aos quais outros processos de abatimento são inviáveis técnica ou economicamente23.
Vários processos de produção de radical hidroxila têm sido estudados e dentre os principais estão a fotólise, a