Processo de trabalho e mais valia n’O Capital, de Karl Marx
Ana Amorim
No capítulo “Processo de trabalho e processo de valorização”, Marx discute como se dá o processo de trabalho, e como através dele se constitui um valor de uso e, posteriormente, um valor de troca. Na primeira parte do texto, o autor discute o processo de trabalho e o de formação do produto como mais valor.
Inicialmente, ele explica que o trabalho visa à produção de um valor de uso, ou seja, de algo que tenha por função satisfazer uma necessidade humana, além disso, ele decide fazer uma análise do trabalho à parte de estruturas sociais determinadas. Assim sendo, o trabalho primeiramente descrito por Marx se trata do trabalho concreto, ou seja, o trabalho que é concebido e executado pelo trabalhador e que não lhe é estranho.
Tal trabalho se concretiza pela relação do ser humano com a natureza, que é por ele modificada através das suas ações, que por sua vez são guiadas pelo pensamento humano. Dessa forma, Marx diferencia as pessoas dos animais ao dizer que elas possuem capacidade de planejamento e abstração.
Depois dessa breve explicação, o autor analisa os elementos do processo de trabalho, que são 1) a força de trabalho, no caso, o trabalhador; 2) o objeto de trabalho, no caso a matéria prima; 3) os meios de trabalho, no caso, os instrumentos.
Em relação aos objetos de trabalho, o autor os subdivide em dois tipos, os que são fornecidos pela natureza, por exemplo, árvores, minas, rios, e os que já foram trabalhados anteriormente pelo ser humano, que ele denomina matérias primas.
Destaca-se o fato explicado por Marx a respeito dos objetos de trabalho da indústria, uma vez que apenas as indústrias extrativas se ocupam dos objetos de trabalho oferecidos pela natureza, enquanto que os outros ramos industriais têm a matéria prima como objeto de trabalho.
Já no que se refere aos instrumentos de trabalho, Marx os explica como objetos que de que o ser humano se apossa para que através deles