processo de higienizaçao
Ao final do século XIX inicio do século XX a questão higiênica da miséria passa a ser analisada através do olhar cientifico.
Rio de janeiro e São Paulo neste período tinham o desejo de construir uma capital no sentido de se parecer com a cidade de Paris, pensando em suas grandes avenidas que formavam eixo, porém o que se copiou foi apenas o estilo arquitetônico, mas isso trazia a questão de como seria o “ viver” da população pobre.
Neste período se apresentou diversos relatórios médicos, teses, relatórios higienistas do governo ( estes minuciosos ao descrever a moradia dos pobres) , pensando a vida urbana, se cria uma Idea de modelo de família e de residência.
As casas da classe burguesa precisavam ser amplamente iluminadas conforme a incidência solar, um dos discursos que vai construindo o preconceito de classes através do viés cientifico, pautada na ideia do saber letrado que vai disseminando as populações mais pobres. “ A vida miserável , o odor fétido do trabalhador mergulhado dia e noite nas fabricas, a falta de hábitos regulares de higiene corporal, a imundice de suas casas traduzem a incapacidade do proletariado gerir sua própria vida e pedem a intervenção redentora da ação dos especialistas civilizadores.”1
O discurso higienista estabelecia quem podia ou não circular nas cidades, quem podia ou não ter casas como determinados padrões, dá sustentação para a destruição das favelas
Em 1984 cria-se o código Sanitário decretado pelo Estado que generaliza as classes pobres através da denominação “ habitações das classes pobres” vemos aqui a teoria da cidade pensada como um organismo vivo, que trás a classe pobre como a parte doente deste sendo as doenças os cortiços e as fábricas.
Em suma este discurso racionalizador que foi implantada através do estabelecimento de normas de condutas e condições de construção das casas de trabalhadores baseados em pesquisas que distinguiam a população rica da pobre e que focavam na segunda como