PROCESSADORAde Peixe
6165 palavras
25 páginas
III Simpósio sobre Recursos Naturais e Sócio-econômicos do PantanalOs Desafios do Novo Milênio
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De 27 a 30 de Novembro de 2000 - Corumbá-MS
ESTUDO DOS ASPECTOS ECONÔMICOS DAS PROCESSADORAS DE
PEIXE PROVENIENTES DA PISCICULTURA
RICARDO SHIROTA1, LUCIANE CRISTINA OBA2 e DANIEL YOKOYAMA
SONODA3
RESUMO: Um dos principais problemas na piscicultura ocorre na comercialização de sua produção. Atualmente, quase toda a produção de peixes em cativeiro é destinada aos pesqueiros comerciais ou “pesque-pagues”. Não se sabe determinar ainda até quando os pesqueiros comerciais conseguirão absorver a crescente produção das pisciculturas. Por isso, uma segunda alternativa seria o fornecimento de peixes para indústrias processadoras. Porém, ainda é necessário saber se o produto oferecido pelas processadoras de peixes provenientes da piscicultura são economicamente competitivos com os produto já existentes no mercado oriundos da pesca extrativa. Este trabalho procura ilustrar os custos de processamento de dois tipos de processadoras. Uma com processo manual de filetagem e a outra com processo automatizado. A espécie utilizada para o estudo foi a tilápia de 450 g (R$ 4,80/kg de filé). A processadora manual obteve resultados mais satisfatórios do que a automatizada para uma escala de abate de 5 t/dia de tilápias. Ao se aumentar em 70% (8,5 t/dia) o fornecimento de peixe para abate, observou-se que a processadora automatizada obteve resultados semelhantes ao processamento manual inicial. O processamento manual mostrou-se também economicamente interessante quando o tamanha da tilápia foi aumentado para 900 a
1200 g. (5t/dia). Também mostrou-se viável o abate de peixes de maior porte (900 a
1200 g). De acordo com a análise de risco, feito através do processo de simulação de
Monte Carlo para a processadora manual com capacidade de abate de 5 t/dia, constatouse que se trata de uma atividade de alto risco, pois apresentou valor líquido presente negativo em 69% dos casos.
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