Problemas ambientais e sociais na costa Brasileira
Problemas ambientais e sociais na costa Brasileira
São poucas as praias brasileiras que ainda guardam sua beleza original. A ocupação de áreas litorâneas pouco habitadas aumentou bastante nos últimos quarenta anos, principalmente nas regiões Sul e Sudeste. Cidades praianas com baixa população até a década de 70, foram incorporadas às rotas turísticas pela abertura de estradas e tornaram-se os novos alvos dos fluxos migratórias internos, atraídos pelo crescimento da construção de imóveis.
Cresceu a população e também aumentaram os problemas com relação ao saneamento básico e ao lixo. Descarga de esgotos domésticos em córregos antes cheios de peixes e falta de aterros sanitários para o resíduo doméstico, continuam a ser deficiências de muitas cidades litorâneas brasileiras. A derrubada de áreas remanescentes de mata atlântica, o aterro de mangues e a destruição da vegetação de restinga são características desta desordenada ocupação do litoral brasileiro. Por um lado, a abertura indiscriminada de loteamentos sem qualquer infra-estrutura, de outro a interdição e privatização de praias, beneficiando proprietários de grandes mansões. O pretenso progresso expulsou a população caiçara de muitas praias, para dar lugar a condomínios de alto luxo.
Este é com pequenas variações o quadro da ocupação do litoral brasileiro nos últimos anos. Destruição e descaracterização da natureza, promovida pelo ganho rápido e fácil, submisso aos interesses dos mais ricos e contando com a conivência da maior parte do poder político da região. As seguidas crises econômicas só vieram trazer mais problemas, diminuindo os recursos das prefeituras e deixando parte crescente da população litorânea sem perspectivas de encontrar um trabalho, aumentando os índices de criminalidade.
O turismo tem se tornado um peso ao meio ambiente de toda a região litorânea. A cada verão ou feriado, milhões de visitantes acorrem às cidades, aumentando a população e