Principios Básicos do Eletrocardiograma

O eletrocardiograma, como o próprio nome sugere, é um exame que permite a avaliação elétrica da atividade cardíaca (potenciais elétricos) e da sua condução, registrada em gráficos que são comparados com gráficos padrões e que indicam, assim, o estado de normalidade ou de alteração dos músculos e nervos do coração. A atividade elétrica cardíaca é dada pela variação da quantidade de íons de sódio dentro e fora das células musculares cardíacas, a qual gera diferenças de concentrações desses íons na periferia do corpo. São essas diferenças, captadas por eletrodos sensíveis colocados em pontos específicos do corpo, que são registradas nos gráficos do eletrocardiograma.
Esse registro é feito através de eletrodos que medem as alterações do vetor elétrico geradas pelas ondas de despolarização e repolarização através do músculo cardíaco.
Durante a onda de despolarização, a diferença entre as cargas na superfície gera um campo elétrico que é percebido pelo eletrodo. Quando esse campo de despolarização se aproxima do eletrodo, o registro gráfico se curva para cima. Se esse mesmo potencial se afastar do eletrodo o gráfico se curva para baixo.
Quando ocorre uma onda de repolarização, acontece o contrario, pois o campo elétrico formado tem sentido oposto ao anterior. O gráfico se curva para baixo quando ela se aproxima, e para cima quando ela se afasta.
Um ciclo completo do coração é registrado pelo ECG (eletrocardiograma) em cinco ondas principais:
A onda P
O complexo QRS
A onda T
A onda P é o registro da despolarização dos átrios. Essa despolarização sofre um pequeno atraso no nódulo AV, e então ocorre a despolarização ventricular, registrado no complexo QRS. Quase ao mesmo tempo, ocorre a repolarização arterial, mas seu registro é encoberto pela despolarização ventricular.
Depois do complexo QRS, vem a onda T, que representa a repolarização ventricular. A repolarização ventricular ocorre no sentido contrario, do epicárdico para o endocárdio. Por isso, apesar de ser