Principais problemas ambientais da Região Sul
As matas de araucária constituem a formação menos tropical do Brasil. Originalmente, essa floresta dominava vastas extensões dos planaltos da região Sul e pontos altos da Serra da Mantiqueira nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro eMinas Gerais. Trata-se de uma formação florestal aberta e espaçada, com a presença de campos muitas vezes interrompidos por capões (manchas florestadas que assumem a forma circular) e semi-homogênea. Possui poucas espécies vegetais, com predomínio de pinheiros do gênero Araucária, que se acha representado na América do Sul por duas espécies: Araucaria araucana, no Chile e Argentina, e Araucaria angustifóliano Brasil e pequena área do nordeste argentino, representada pela Província de Misiones. Assim, pode-se dizer que, na quase totalidade de sua área, é uma árvore endêmica no Brasil. De porte suntuoso, seu tronco eleva-se normalmente a 25-30 metros de altura, sem apresentar, quando árvore adulta, nenhuma ramificação, a não ser na parte mais alta, com a copa numa forma de taça, devido à disposição de seus ramos. Apenas no extremo de cada ramo é que se agrupam, em tufos, as folhas em forma de agulhas. Também aparecem associadas à araucária outras espécies vegetais, como a canela, a imbuia, a erva-mate e o cedro, além de grande variedade de espécies valorizadas pela indústria madeireira, como os ipês. O clima típico da floresta de araucária é subtropical, com estações do ano bem definidas, temperaturas de moderadas a baixas no inverno e índice pluviométrico superior a 1.000 mm anuais. Essas condições climáticas, em especial a elevada amplitude térmica (diferença entre a temperatura máxima e mínima), funcionam como fatores limitantes nesse bioma.