Primeiros palhaços
PALHAÇO – Bem, contam que em um circo que itinerava por aqui e alí. Um dia, o dono do circo estava com grande dificuldade de manter seu negócio, já cansado e descrente com tudo e todos, entrava no picadeiro decidido a fazer sua última praça (local onde o circo se instala). O show começa e tudo transcorre normalmente. Tinha no circo um barreira (pessoa que faz tudo no circo, monta, arruma…), ele tomava umas e outras… E no meio desse espetáculo tirava e colocava as coisas em cena com outros preparando a cena para os artistas. Como estava tonto, o apresentador anuncia a próxima cena e ele entra bêbado para trocar o aparelho… Aí começa a problemática, pega uma coisa, cai outra… Coça a cabeça, pega de novo e escorrega deixando cair. Se apóia em uma cadeira e capota caindo sentado no chão… Do outro lado do picadeiro o dono do circo está enfurecido e não entende, mas também não sabe o que fazer pois está preocupado com o vexame. E a coisas vão acontecendo… O público se desmancha em risos e aplausos diante de cada peripécia que o barreira, sem noção, tenta arrumar. Bem, passado alguns minutos o dono do circo vem em seu encontro, nervoso, mas percebe tudo e todos alí naquele frenesí e gargalhando como nunca tinha visto. Levanta o barreira e diz:
-Sai daqui e volta em seguida.
O barreira não entende, mas faz o que ele pede. Ao entrar é aplaudido de pé. Mesmo sem graça, agradece e sai levando finalmente o material. Nasce assim, os números de comicidade. Sobre as roupas podemos dizer que como o barreira é aquele que sempre ganha mal e menos, vive ganhando roupas usadas e que não lhe servem e de tamanhos e cores variadas. Por isso aquela confusão na vestimenta. Sobre o nariz, como ele bebia demais, ficava com o nariz vermelho e a cara meio caída, sem falar no olhar engraçado. Com o passar do tempo, não bebia mais… Mas, pintava o nariz de vermelho. Com o tempo e a modernização, foram criados narizes de vários tipos e