PRIMEIROS ANOS DE REGIME MILITAR
"Caminharemos para a frente, com a segurança de que o remédio para os malefícios da extrema esquerda não será o nascimento de uma direita reacionária, mas o das reformas que se fizerem necessárias".
Depois do golpe de 1964, deu-se início a uma “democracia de mentira”. Foi o início de uma política que utilizava tortura, repressão e morte para aquele que se revoltasse. O governo de Castelo Branco, mas precisamente a ditadura, mudou totalmente a economia brasileira e as instituições políticas. Um exemplo disso foi o maior poder Executivo sobre o Legislativo e Judiciário, assinado pelo próprio presidente no AI-2. Além disso, esse mandato foi marcado pela extinção de todos os partidos políticos, dando início, assim, ao bipartidarismo, também no AI-2, onde só haveria os grupos políticos: ARENA e MDB, sendo um, uma suposta “oposição”, mas que não atingia os militares e muito menos o regime imposto (ditadura), já que eles até poderiam se opor, mas dentro dos limites, também impostos pelo governo. Essa nova instituição também implantou as eleições indiretas para Presidente e Governador, que seriam realizadas em Colégios Eleitorais, para que aos olhos de quem visse de fora, ainda parecesse um pouco democrático. A pressão chegou até no próprio presidente, que teve de realizar Inquéritos Policiais Militares, onde deveria punir quem tivesse quaisquer vínculos político com o antigo governo de Jango. Além disso, as greves foram proibidas, qualquer tipo de manifestação contra a política foi proibida. O governo interveio em praticamente todos os sindicatos de trabalhadores do país. Castelo Branco quis adotar uma economia anti-inflacionária, porém, quem sofreu os resultados dessa nova economia foi a população brasileira com desempregos em toda parte do país, salários baixos, e cada vez diminuindo mais. Resumindo, o mandato de Castelo Branco foi totalmente voltado às elites, a burguesia, enfim, apenas a quem integrava a aliança