Primeira República - República Velha
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Os militares no Poder Durante o Império, as províncias não podiam sequer escolher seu governo e dependiam em tudo do poder central. Agora, o regime federativo atribuía muitos poderes aos governos estaduais. Essa autonomia, aliada à diversidade político-econômica entre os Estados, provocou lutas de grupos partidários, cada qual querendo alcançar maior projeção regional e nacional. O autoritário Deodoro, primeiro presidente, enfrentou dificuldades. Havia a crise econômico-financeira decorrente do Encilhamente: fase de grande especulação na Bolsa em conseqüência das facilidades de crédito, da liberdade dos bancos e das emissões exageradas de moeda, medidas com as quais o novo regime pensava estimular a economia. Resultado: desvalorização da moeda e uma jogatina desenfreada em torno de empresas, muitas delas fantasmas, criadas no papel para atrair a aplicação de fortunas e pequenas economias, perdidas a seguir com as falências que sobrevieram. O que restou foi a desorganização econômica, com efeitos negativos durante várias administrações. Achando que os parlamentares queria tirá-lo do governo, Deodoro tentou dissolver o Congresso e proclamar estado de sítio, sem ter poderes constitucionais para tanto. Quase todos os governadores apoiaram o golpe, mas parte das Forças Armadas se opôs, e Deodoro renunciou em 23 de novembro de 189. O marechal Floriano Peixoto, vice-presidente, deveria então convocar novas eleições. Mas, baseando-se no artigo 1° das disposições transitórias, assumiu o cargo vago. O artigo estabelecia que presidente e vice do primeiro período republicano seriam eleitos pelo Congresso. Treze generais exigiram a convocação de eleições presidenciais; civis e outros militares queriam a volta de Deodoro. A uns e outros Floriano puniu: reformou os generais e desterrou civis e outros militares para as fronteiras da Amazônia. Floriano enfrentou várias revoltas, como a Revolução Federalista do Rio Grande do Sul e a Revolta da