Primeira Guerra Mundial
Na primeira metade do século XIX, França e Inglaterra eram os países de maior poder econômico e político na Europa. Com um forte processo de industrialização, eles dominavam extensas áreas coloniais, principalmente na África e na Ásia. Essas áreas eram importantes como fornecedoras de matérias-primas e como consumidoras de produtos industrializados.
Esse cenário europeu começou a mudar com a unificação da Itália e, sobretudo, da Alemanha, na segunda metade do século XIX.
Após a unificação, esses países passaram a disputar maior espaço no cenário internacional. A Alemanha, por exemplo, dona de uma forte indústria, pretendia ampliar suas áreas coloniais, mas encontrava a concorrência dos outros países europeus.
No início do século XX, a intensa disputa por áreas coloniais provocava profundas divergências e rivalidades entre os países europeus, e uma tensão constante no continente.
Diversos conflitos localizados aumentaram ainda mais a tensão. Um desses conflitos envolvia o Império Austro-Húngaro, que pretendia incorporar a seu território países da região dos Bálcãs.
Devido ao clima de crescente hostilidade, as potências européias procuraram agrupar-se por meio de acordos econômicos, políticos e militares. Assim, formaram-se dois blocos distintos: a "Tríplice Aliança" e a "Tríplice Entente".
A Tríplice Aliança englobava a Alemanha, o Império Austro-Húngaro e a Itália. Foi criada em 1882 por articulação de Otto von Bismarck, líder da unificação alemã.
A Tríplice Entente foi formada em 1907 e era composta pela Rússia, Inglaterra (Reino Unido) e França, principais rivais da Alemanha nas disputas por áreas coloniais.
A formação de dois blocos aumentou ainda mais o clima de tensão na Europa. A rivalidade era visível na desenfreada corrida armamentista entre os integrantes dos dois blocos. Esse período passou a ser