Primeira Guerra Mundial
A Primeira Guerra Mundial teve início com um conflito separalista localizado na região dos Balcãs, na Europa Central e, em pouco tempo, se difundiu envolvendo potências rivais e tomando proporções inesperadas. Os acontecimentos que antecederam esse conflito são cruciais para entender como a Europa mergulhou numa guerra tão devastadora.
Nos primórdios do século XX, a Europa vivia um período de otimismo e de orgulho pelas realizações da civilização européia. O período, chamado de Belle Époque, ficou caracterizado pela crença na prosperidade econômica sem fim - resultado da política imperialista - e pela relativa paz entre as nações. Um forte sentimento nacionalista, no entanto, crescia e era alimentado pela imprensa e por pensadores nacionalistas, impondo relações diplomáticas assentadas na disputa e na concorrência entre as nações.
· As disputas imperialistas
A competição acirrada entre as potências imperialistas por mercados e capitais foi uma das razões para o fim da relativa paz e estabilidade do período da Belle Époque. Grã-Bretanha, Alemanha e França eram protagonistas da disputa imperialista que contribuiu para a eclosão do conflito mundial.
A Grâ-Bretanha era desde o século XIX a maior potência econômica e industrial do mundo. Em grande parte porque sua política, francamente imperialista, garantiu a ela o domínio de vastos territórios na Ásia e na África. Os ingleses se orgulhavam de seu território imperial, que contava com mais de 450 milhões de habitantes. Toda essa potência favorecia e muito o interesse dos capitalistas britânicos, mas desagradava outras nações, especialmente a Alemanha.
A formação do Estado nacional alemão só ocorreu na segunda metade do século XIX, bem mais tardes que o das grandes potências europeias. Por esse motivo, a Alemanha saiu atrasada na corrida imperialista e ficou com a parte menor da partilha colonial. Apesar disso, a economia alemã se desenvolveu rapidamente e, em 1900, já superava em alguns