PREVENÇÃO DO CÂNCER DE PELE EM ADOLESCENTES
O câncer de pele é o mais comum e o mais prevalente dentre os que ocorrem no Brasil. O tipo não melanoma, nos últimos anos, é o mais incidente na população brasileira tanto em homens como em mulheres. No ano de 2006 foram estimados para o Brasil, 55.480 casos em homens e 61.160 em mulheres. Nos anos de 2010 e 2011 a estimativa de incidência foi de 114 mil novos casos anuais. Além disso, o câncer de pele corresponde a cerca de 25% do total dos tumores diagnosticados em todas as regiões do Brasil, tornando-se um agravante problema de saúde pública¹.
Neste sentido, a radiação Ultravioleta (UV) do sol é o principal fator de risco seu surgimento, principalmente para o desenvolvimento das neoplasias cutâneas como os carcinomas basocelular e espinocelular denominados não melanomas. O melanoma que é o tipo mais agressivo de câncer de pele é a transformação maligna dos melanócitos devido a diversos fatores sendo o câncer que mais cresce no mundo². O risco para o câncer de pele é maior em pessoas de pele clara, pois o processo eritematoso acontece com maior facilidade devido à diminuição de melanina em sua pele¹.
Com relação a localização geográfica, existe uma associação entre a latitude e a incidência do câncer da pele havendo maiores índices nas regiões próximas à linha do Equador. A altitude também tem um papel importante na intensidade da radiação UV, com um aumento 4-5% na intensidade para cada 1000 metros acima do nível do mar³.
O Brasil caracteriza-se por ser um país praticamente de clima tropical, apesar de algumas zonas serem classificadas como temperadas. A cidade de Vitória da Conquista, região sudoeste da Bahia, está localizada a cerca de 14° de latitude e a 1000 metros acima do nível do mar o que justifica a necessidade da proteção solar eficaz4. A radiação UV do sol incide no Brasil de forma perpendicular o que torna mais intensa a radiação solar. Acrescenta-se a esses fatores, a experiência de uma das