Porco assado nos presidiosO sistema prisional brasileiro iniciou se em cadeias publicas em selas individuais e coletivas feitas de alvenarias de tijolos, com portas e janelas de grades de ferro O conceito atual de prisão é recente, datando do século XVII com a reforma do Direito Penal e a consequente “humanização” das penas. Até então a forma de punição do Estado contra aquele que cometia crimes consistia em punições cruéis “carnais”, era comum a pena de morte, desmembramento, tortura e outros tipos de violência contra o corpo do criminoso. Com a reforma, esse tipo de pena deixa de ser a forma principal de punição e a restrição da liberdade passa a ocupar lugar de destaque. A realidade prisional do Brasil era precária, com estabelecimentos que não eram adaptados à nova realidade da punição e, portanto, não apresentavam boas condições para os presos que ali viviam. É apenas em 1920, com a inauguração da Penitenciária do Estado, que o Poder Público demonstra alguma preocupação com essa realidade. A Penitenciária foi construída com o intuito de atender as disposições do, então novel, Código Penal de 1890. Criou-se uma expectativa favorável à eficiência de regeneração, até mesmo antes de seu funcionamento. Já na fase de projeto a conceituaram como uma penitenciária modelo, inclusive sendo ponto turístico nacional e internacional. Com uma franca análise de documentos e escritos históricos, procuramos desconstruir este discurso.Com o decorrer dos anos o sistema foi avançando, melhorias foram feitas, Arquitetos, Engenheiros, Engenheiros de segurança, Segurança eletrônica, treinamentos para Agentes de segurança dos presidios, investimentos em investigações sigilosas, licitações para fornecimento de alimentos tipo, arroz, feijão, carnes, verduras, legumes, peixes, café, leite, pão, medicamentos e etc...Milhões e milhões de reais são injetados todos os anos para a manutenção das custas dos presídios no Brasil, dinheiro que sai do contribuinte, através dos altos