Premio Nobel de Física 2013
Englert e Higgs recebem Prêmio Nobel de Física de 2013
As teorias dos físicos são fundamentais para explicar os blocos de construção de matéria e as origens do universo. As teorias foram confirmadas no ano passado com a descoberta da chamada partícula de Higgs, também conhecida como bóson Higgs. A descoberta foi feita no CERN, a Organização Europeia para Pesquisa Nuclear, sediada em Genebra, segundo a Real Academia Sueca de Ciências.
Foi uma das mais importantes descobertas da ciência desde a Teoria da Relatividade, de Albert Einstein, rendeu o Prêmio Nobel de Física de 2013 para o belga François Englert, de 80 anos, e o britânico Peter Higgs, 84. Em trabalhos independentes, eles propuseram em 1964 a teoria que explica como as partículas adquirem massa, num processo que pode ser explicado pela existência do bóson de Higgs
Apelidada “partícula de Deus”, o bóson de Higgs era a peça que faltava para legitimar o Modelo-Padrão da Física. Segundo esta teoria, formulada nos anos 1960, o Universo é composto de 32 elementos fundamentais. O bóson de Higgs era o único desses elementos cuja existência fora inferida, mas nunca comprovada.
A comprovação da existência da partícula só veio em julho do ano passado, no Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern). Nele fica o Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), provavelmente o maior e mais complexo equipamento já construído na História. Dois grupos de pesquisa, o CMS e o Atlas, analisam a colisão de 40 milhões de partículas por segundo em um túnel circular de 27 quilômetros de comprimento.
Os mais de 6 mil pesquisadores envolvidos com o LHC usam aceleradores para chocar feixes de matéria. O próton é acelerado a 99,9999991% da velocidade da luz, conferindo-lhe uma grande quantidade de energia. Quando os prótons se chocam, o excedente de energia é dissipado na forma de partículas subatômicas, que são observadas por detectores, entre elas o