Preconceito na escola
Os (as) educadores são também profissionais da cultura e não de um padrão único de aluno, de currículo, de conteúdo, de práticas pedagógicas, de atividades escolares. Todos, sem exceção, diferem em raça/etnia, nacionalidade, sexo, idade, gênero, crença e classe. Todas essas diferenças estão presentes na relação professor/aluno e entre os próprios educadores. Nesse sentido, podemos afirmar que a reflexão sobre a diversidade cultural nos conduz a um pensar do papel doía professor.
O trato pedagógico da diversidade é algo complexo. Ele exige o reconhecimento da diferença e, ao mesmo tempo, o estabelecimento de padrões de respeito, de ética e a garantia dos direitos sociais. Avançar na construção de práticas educativas que contemplem o uno e o múltiplo significa romper com a idéia de homogeneidade e de uniformização que ainda impera no campo educacional. Representa entender a educação para além do seu espaço institucional e compreende-la dentro do processo de desenvolvimento humano. Isso nos coloca diante dos diversos espaços sociais em que o educativo acontece e nos convida a extrapolar os muros da escola e a ressignificar a prática educativa, a relação com o conhecimento, o currículo e a comunidade escolar. Colocam-nos também diante do desafio da mudança de valores, de lógicas e de representações sobre o outro, principalmente, aqueles que fazem parte dos grupos historicamente excluídos da sociedade.
Como nos diz Gonçalves e Silva (1996), educar para a diversidade é fazer das