Preconceito inguístico
Entende-se por preconceito linguístico o pré-julgamento contra determinadas variações linguísticas presente em uma sociedade. Geralmente, esta crítica vem associada a grupos de menor prestígio social, como a classe inferior culturalmente. Da mesma forma em que a sociedade se modifica com o passar do tempo, a língua também acompanha esta mudança de maneira natural variando com os diversos contatos em que entra com as demais variantes linguísticas do ser humano. Neste trabalho, vamos apresentar quatro vertentes principais em que tal preconceito se apoia: a variação histórica, a variação geográfica, a variação social e a variação estilística. A variação histórica é dada pela a influência do tempo em uma língua que faz com que determinadas palavras e/ou expressões caem em desuso por seus falantes, como é o caso da palavra “alhures” que significa lugar nenhum. Sua forma caiu em desuso durante o segmento da história da Língua Portuguesa. Outro fator dependente do tempo e que pode levar a um preconceito linguístico é a variação diacrônica. Este tipo de variação linguística é menos perceptível na língua e pode ser observada ao comparar textos mais antigos com textuais atuais. Um grande exemplo que pode ser representado é a transformação do pronome de tratamento “Vossa Mercê”, que foi muito usado no período colonial e se modificou ao longo do tempo para “Vosmecê”, depois para “Mecê” até chegar no pronome de tratamento aceito pela norma culta no Português atual, “Você”. A variação geográfica é outro fator que colabora para o preconceito linguístico. Ela ocorre devido à maneira diferenciada de pronunciar as palavras causadas pela distância geográfica em que os falantes se encontram. Um bom exemplo desta ocorrência seria as diferenças presentes no vocabulário e no sentido de palavras da Língua Portuguesa que são diferentes no Brasil e em Portugal como a palavra “meias” no português brasileiro. No português de