Pre- sal
Vazamento no Rio revela despreparo de autoridades
O acidente aconteceu no Campo do Frade, localizado a 120 km do litoral fluminense, no dia 8 de novembro. Ainda não se sabe ao certo a extensão do desastre e nem o impacto à biodiversidade marinha e à pesca na região.
A multinacional Chevron do Brasil, que explora o campo, assumiu a responsabilidade pelo derramamento de óleo. No dia 23 de novembro, a ANP (Agência Nacional do Petróleo) determinou a suspensão das atividades da empresa no país até que sejam explicadas as causas e identificados os responsáveis pelo acidente.
A ANP também negou o pedido de abertura de um novo poço no Campo do Frade, que teria como objetivo atingir a camada pré-sal. A empresa americana explora 12 poços na Bacia de Campos e produz 79 mil barris diários.
A Chevron já recebeu multas de R$ 50 milhões e de R$ 100 milhões, aplicadas, respectivamente, pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e pela ANP. O Estado do Rio de Janeiro também entrou com uma ação civil pública para pedir indenizações de R$ 100 milhões.
Especialistas, no entanto, acham baixos os valores das multas: para as empresas, dizem, é mais barato correr o risco de poluir o ambiente do que investir em equipamentos caros de prevenção.
Para se ter uma ideia, o valor da multa do Ibama representa menos de 1% do plano de investimento de US$ 5 bilhões da Chevron no país, no prazo de dez anos.
O desastre aconteceu durante a perfuração de um poço de petróleo no fundo do mar. Segundo a petroleira, o derramamento durou quatro dias ? o poço começou a ser fechado dia 13 ?, e o óleo que continua vazando é ?residual? (20 barris de petróleo por dia).
A mancha de óleo se estendeu por uma área de 163 quilômetros quadrados, o equivalente a 16,3 mil campos de futebol. No último dia 22, a ANP informou que a mancha havia sido reduzida a dois quilômetros quadrados.
O volume vazado seria o correspondente a 2,4 mil