pragmática coesão e coerencia
DIOGO MARIA DE MATOS POLÓNIO *
Introdução
Este trabalho foi realizado no âmbito do Seminário Pedagógico sobre
Pragmática Linguística e Os Novos Programas de Língua Portuguesa, sob orientação da Professora-Doutora Ana Cristina Macário Lopes, que decorreu na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
Procurou-se, no referido seminário, reflectir, de uma forma geral, sobre a incidência das teorias da Pragmática Linguística nos programas oficiais de
Língua Portuguesa, tendo em vista um esclarecimento teórico sobre determinados conceitos necessários a um ensino qualitativamente mais válido e, simultaneamente, uma vertente prática pedagógica que tem necessariamente presente a aplicação destes conhecimentos na situação real da sala de aula.
Nesse sentido, este trabalho pretende apresentar sugestões de aplicação na prática docente quotidiana das teorias da pragmática linguística no campo da coerência textual, tendo em conta as conclusões avançadas no referido seminário. Será, no entanto, necessário reter que esta pequena reflexão aqui apresentada encerra em si uma minúscula partícula de conhecimento no vastíssimo universo que é, hoje em dia, a teoria da pragmática linguística e que, se pelo menos vier a instigar um ponto de partida para novas reflexões no sentido de auxiliar o docente no ensino da língua materna, já terá cumprido honestamente o seu papel.
Coesão e Coerência Textual
Qualquer falante sabe que a comunicação verbal não se faz geralmente através de palavras isoladas, desligadas umas das outras e do contexto em que são produzidas. Ou seja, uma qualquer sequência de palavras não constitui forçosamente uma frase.
Para que uma sequência de morfemas seja admitida como frase, torna-se necessário que respeite uma certa ordem combinatória, ou seja, é preciso que essa sequência seja construida tendo em conta o sistema da língua.
Tal como um qualquer conjunto de palavras não