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Resumo em PortuguêsA existência de espaços protegidos dentro da propriedade rural promove benefícios coletivos, pois contribuem para a preservação do meio ambiente. Por meio da ação privada dá-se o aumento do bem-estar social, o que se chama de externalidades positivas. Ao mesmo tempo, recai sobre o agente que as produz uma série de custos, dentre eles custos de transação, uma vez que o mercado não transporta as informações necessárias para que as externalidades sejam percebidas pelos agentes econômicos e consumidores. O problema deste trabalho consiste em estudar o comportamento do agente econômico diante das externalidades positivas e custos derivados dos espaços protegidos em áreas agrícolas, com o objetivo de analisar se ele internaliza essas externalidades e custos e como o faz; para que se verifiquem as implicações econômicas sobre a concretização da preservação ecológica. Para tanto, são utilizados como principais aportes teóricos o Direito Ambiental e a Nova Economia Institucional (NEI). O Direito Ambiental permite o estudo da proteção ambiental e, especificamente, dos espaços protegidos, sem se descuidar da ótica econômica que permeia a relação entre ser humano e meio ambiente. A NEI proporciona o estudo dos custos de transação e das externalidades positivas, para que se possam analisar a percepção e o comportamento do agente frente às externalidades que produz, verificando-se qual a relevância das instituições nesse contexto. A metodologia aplicada é a pesquisa bibliográfica e estudo de caso, sob uma abordagem indutiva. Para o estudo de caso, toma-se como unidade de análise uma usina de cana-de-açúcar, em razão da expressividade do setor sucroenergético, que utiliza grande parte do território nacional para produção, e do aumento da importância do setor e do biocombustível etanol. O etanol é um bem cujas informações sobre o processo produtivo são difíceis de serem obtidas pelo consumidor, o que resulta em uma assimetria de informação e custos que afetam a