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Considerando a formação histórica do Brasil, verifica-se que as diferenças raciais traduziram-se em desigualdade de direitos e papéis sociais, no qual o fenótipo branco quase sempre representou o papel de comando enquanto o negro representava o de subordinado. É difícil olhar o presente sem considerar aspectos passados, já que o processo histórico é imprescindível para a visão crítica da atualidade. Dessa forma, foi elaborada uma breve contextualização sobre a trajetória do negro no Brasil, onde serão apresentados alguns fatores históricos que permitem perceber um pouco da realidade da população negra brasileira.
Presume-se que os primeiros africanos chegaram ao Brasil entre 1516 e 1526, porém, a partir de meados do século XVI, iniciou o afluxo regular constante de africanos para a Colônia. Sequestrados de sua terra natal e trazidos como escravos para a América, os africanos tiveram a s vida e o seu destino associados a um terrível sistema de exploração do homem pelo homem. Explorados economicamente, não contavam senão como instrumento de trabalho e capital (FERNANDES, 1971, p. 21).
O sistema escravista foi uma experiência crucial para negros, visto que os europeus, convencidos de sua superioridade, tinham um total desprezo pelo mundo negro, apesar de todas as riquezas que dele tiraram. A necessidade de manter a dominação por suas vantagens econômicas e psicossociais levaram defensores da situação colonial a recorrerem não somente a força bruta, mas, a outros recursos de controle, como o de desfigurar completamente a personalidade moral do negro e suas aptidões intelectuais (MUNANGA, 1988, p. 9).
O negro foi escravizado durante séculos, por representar fonte de lucro e acúmulo de capital para a economia brasileira. No decorrer dos anos começaram a se fortalecer no Brasil ideais abolicionistas. Em 7 de novembro de 1831 foi promulgada a Lei de extinção