Povo Na Política
A rede está contaminada
Ninguém sabe de nada
Esse é o mundo
Que busco sair pelo fundo
Nessa rede quero sentar
Mas, na rede, nem posso falar
Para rede só a morte
Mesmo assim vai faltar sorte
Tempo vai, tempo vem
Mas, da rede sou refém
Rede contaminada
Já faz tempo que é amada
Faz um tempo que pensei
A rede está contaminada
Mas, agora já parei
Porque sei, não vale nada
Não só contaminada
A rede está ferrada
Salvar ela eu quero, sim
Mas, o poema chegou ao fim
Matheus Galieta
O texto abaixo foi colocado para dar o numero de linhas
Por Bruno Marinoni*
Nesta quinta-feira (31/10), cerca de 2 mil pessoas foram às ruas no Rio de Janeiro para uma manifestação intitulada “Grito da Liberdade”. Infelizmente, não se tratava de uma comemoração, e sim do apelo de uma sociedade que, após um momento epifânico de celebração do poder popular, sente o cerco se fechando.
Qual o status da liberdade hoje no Brasil? Quem vem acompanhando as manifestações que vêm ocorrendo desde junho sabe que um dos principais catalisadores dos atos públicos foi a solidariedade às vítimas da reação demasiadamente violenta da Polícia Militar (logo, do Estado). Depois da repressão truculenta ocorrida em São Paulo no dia 13 de junho, os rios de asfalto e gente entornaram pelas ladeiras, entupiram o meio-fio, em meio a tantos gases lacrimogênios.
De lá pra cá, o número de pessoas diminuiu nas ruas, mas a intensidade da repressão aumentou. Seja pela ação direta da polícia, sela pela articulação das forças conservadoras, nos três poderes, para criar leis que ampliem a possibilidade de carimbar o nome “criminoso” no currículo das pessoas. Exemplo disto é a chamada Lei do Crime Organizado, que, assinada em 2 de agosto pela presidenta Dilma, foi inaugurada em outubro no Rio de Janeiro com a prisão de 84 pessoas durante uma manifestação pública, sendo 20 delas adolescentes. Alguns estão presos até hoje.
Tudo isso legitimado por uma