Potencial energético do lixo urbano de montes claros
A busca por fontes de energia renovável e ecológica tem se tornado uma necessidade mundial devido aos problemas ecológicos, econômicos, políticos e previsão de escassez das fontes não renováveis como os combustíveis fósseis.
O aquecimento global tem se tornado alvo de discussões mundiais devido ao aumento da concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, provenientes, principalmente, da queima de combustíveis fósseis. A busca por alternativas que promovam a substituição destes combustíveis por fontes renováveis tem se intensificado nas últimas décadas e vários estudos estão sendo realizados para garantir, por exemplo, a gestão eficiente e minimização dos resíduos sólidos urbanos (RSU), visto como grave problema dos grandes centros urbanos brasileiros atualmente. A disposição final incorreta destes resíduos acarreta na emissão descontrolada dos gases gerados em sua decomposição e na infiltração de líquidos percolados no solo, causando impactos negativos à saúde da população e ao meio ambiente, contribuindo para o agravamento do efeito estufa.
No Brasil a matriz energética é em sua grande parte considerada como limpa, pois, centra-se nas hidrelétricas que são responsáveis por mais de 70% da matriz segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). A matriz energética é predominantemente hídrica, ou seja, utiliza-se a força da água nas hidrelétricas para gerar energia elétrica. Este fato traz ao Brasil uma dependência, prejudicial das chuvas e suas sazonalidades. Para resolver este problema faz-se necessário a busca por meios alternativos de geração de energia elétrica.
Usar o lixo para gerar energia é uma solução não apenas econômica, mas também social e ambiental. Nos lixões e aterros municipais a grande quantidade de lixo recolhido é um grande problema para a saúde e para o meio ambiente, pois, contaminam o solo com um líquido altamente tóxico, chamado chorume, que polui também as águas de lençóis freáticos e produz metano