PortuguÊs
Só após dois meses de investigações a NASA ficou satisfeita com as conclusões sobre a causa do acidente. O resultado delas mostrou que o problema ocorrido foi uma mudança de voltagem dos suprimentos de energia da Apollo, feito pelos desenhistas do reservatório da nave, sem o respectivo reforço da ventoinha de resfriamento do motor. Esta mudança causou uma elevação de temperatura dentro do tanque de oxigênio do Módulo de Serviço, sem que a ventoinha conseguisse controlá-la, elevando-a a mais de 500°C, quando ele tinha sido construído para operar com segurança a 25º, e um limite tolerável de 60º. Esta temperatura era alta o suficiente para destruir o isolamento deTeflon que protegia a instalação elétrica da ventilação do motor. Na primeira parte da viagem, o tanque de oxigênio se encontrava cheio, energizado eletricamente e com a temperatura interna em quase 500º. A explosão seria inevitável.
Apesar de todo o tremor que ocorreu durante o lançamento da nave e as subsequentes queimas de motor, nada desfavorável aconteceu dentro do tanque até 55 horas e 55 minutos da missão. Naquele momento, numa hora tranquila do vôo, o isolamento pegou fogo. Era novamente o incêndio da plataforma de lançamento da Apollo 1, em 1967, só que desta vez era um incêndio alimentado pela abundância de oxigênio puro, um incêndio que não iria se extinguir rapidamente. O calor do fogo começou a ferver o oxigênio líquido que enchera totalmente o tanque e a pressão começou a subir. Em menos de meio minuto, a pressão tornou-se muito forte para as finas paredes do tanque e elas romperam. A explosão produziu a devastação através das entranhas do Módulo de Serviço, rompendo o outro tanque de oxigênio e explodindo a parede lateral da espaçonave.
Segundo o governo americano, o acidente da Apollo 13 não revelou nenhuma falha fundamental no conceito de design da Apollo, mas um erro humano. E uma ventoinha que não agüentou o tranco. Em qualquer projeto de tal tamanho e complexidade,