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Esta era a grande questão da Rio+20. A decepção de muitos, especialmente das lideranças mundiais e das organizações ambientais, foi inevitável. Em contrapartida o governo brasileiro considerou uma vitória o texto cheio promessas e com poucas metas.
Tirando o forte esquema de segurança montado pelo exército brasileiro para dar segurança à Convenção nas Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável no Rio de Janeiro, a denominada Rio+20, a desorganização e falta de compromisso eram visíveis. Quando chegou à conferência, o diretor de Centro de Informações da ONU para o Brasil afirmara que apenas 25% do documento a ser discutido estava pronto, sendo que o evento já tinha sido iniciado. Realmente lamentável e, é claro que, esta falta organização seria refletida ao longo da convenção.
Os 193 países representados deveriam chegar a um consenso em três dias, entre os dias 13 e 15 de junho, mas acabaram levando quase uma semana. Somente na madrugada do dia 19 ocorreu o anúncio de acordo no texto base.
Com tantos dias de discussão e com a retirada de muitos pontos importantes as críticas começaram a aparecer, mas com a apresentação do texto final elas se tornaram ainda mais severas, principalmente por parte das ONGs. Primeiro o diretor-executivo do Greenpeace no Brasil usou a expressão “tapa na cara da população” para classificar o documento final aprovado na Rio+20 e reforçou: “O que vimos aqui foi um processo de diluição total e enfraquecimento de um documento que já vinha de um processo problemático. Nós ainda tínhamos esperanças em alguns pontos, mas foi tudo jogado fora". Em seguida, os Amigos da Terra Internacional, umas organizações ambientalistas de base do mundo que o classificou como um atentado aos povos, porque é um documento vazio, sem alma e sem compromissos concretos com o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável. Moradores e lideres de diversas entidades também fizeram