Os estabelecimentos assistenciais de saúde são empresas complexas, abrigando diversos setores, cada um com sua especificidade e função. São empreendimentos que exigem grandes investimentos na construção, na compra de equipamentos e, principalmente, na manutenção dos custos operacionais. No setor público, esses custos operacionais crescem proporcionalmente às transformações construtivas executadas sem planejamento. Além disso, os problemas iniciais de projeto, decorrentes de soluções arquitetônicas inadequadas ao clima, são agravadas com as ampliações para o atendimento da demanda crescente de pacientes e o acompanhamento de novas tecnologias e equipamentos. Dessa forma, o hospital do futuro, além da viabilidade econômico-financeira, deve atender aos requisitos de: expansibilidade, flexibilidade, segurança, eficiência e, sobretudo, humanização. Nesse ponto, o conforto ambiental aparece como forte aliado nos processos de cura de pacientes. No caso dos estabelecimentos assistenciais de saúde, o paciente luta para recuperar sua saúde e, ao mesmo tempo, é submetido a agressões do meio ambiente relacionadas a agentes físicos (ruídos, radiação ionizante e não ionizante, vibração, pressão anormal, temperaturas extremas e outros), químicos (substâncias químicas em forma sólida, líquida e gasosa), biológicos (vírus, bactérias, fungos e ácaros), ergonômicos e psicológicos. Além disso, cada usuário requer condições específicas de qualidade do ambiente para o seu bem-estar. Pode-se citar os próprios pacientes, que devem requerer determinados cuidados; os acompanhantes, cujo estresse faz variar suas necessidades; os médicos e enfermeiras, que podem se sentir desconfortáveis numa situação de ambiente normal, dependendo do grau de responsabilidade que estão submetidos e de suas vestimentas específicas; e, finalmente, os espaços destinados aos equipamentos médicos hospitalares, cada um com diferentes indicações ambientais próprias de funcionamento.