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A alfabetização tem sido tema de muitos congressos, seminários, debates, cursos, palestras. Rediscute-se a forma como o processo de alfabetização vem se desenvolvendo e os instrumentos que são utilizados neste trabalho. Entretanto, ainda é muito forte o uso da cartilha nesse processo. Este artigo reflete sobre a origem, a apresentação, as consequências do uso das cartilhas no processo de alfabetização, bem como, apresenta algumas pistas para resignificar a condução do processo pedagógico nesta área.
A partir destas indagações que nos fazem rememorar a nossa experiência enquanto alunos de classes de alfabetização, o presente trabalho tem por objetivo traçar um breve histórico da alfabetização a partir de manuais escolares, ou seja, as cartilhas utilizadas para ensinar os brasileiros a ler e escrever desde o século XIX. Mediante este histórico, pretendemos problematizar a relação entre as cartilhas e os métodos de alfabetização e os desdobramentos advindos desta relação dentro da história da alfabetização em nosso país.
Em nosso país, a história da alfabetização tem sua face mais visível na história dos métodos de alfabetização, em torno dos quais, especialmente desde o final do século XIX, vêm-se gerando tensas disputas relacionadas com "antigas" e "novas" explicações para um mesmo problema: a dificuldade de nossas crianças em aprender a ler e a escrever, especialmente na escola pública. Visando a enfrentar esse problema e auxiliar "os novos" a adentrarem no mundo público da cultura letrada, essas disputas em torno dos métodos de alfabetização vêm gerando uma multiplicidade de tematizações, normas e concretizações, se caracterizando como um importante aspecto dentre os muitos outros envolvidos no complexo movimento histórico de constituição da alfabetização como prática escolar e como objeto de estudo/pesquisa.
Quem foi alfabetizado há mais tempo, ou quem sabe num passado mais remoto, é bem possível que se