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DIAGNÓSTICO E PROPOSTAS
José Nilson B. Campos, Ticiana Marinho de Carvalho Studart
Departamento de Eng. Hidráulica e Ambiental, Universidade Federal do Ceará e-mail: nilson@ufc.br e ticiana@ufc.br
João Fernandes Vieira Neto
Engesoft Engenharia e Consultoria Ltda e-mail : joão@engesoft.eng.br
Francisco de Assis Souza Filho
Secretaria de Recursos Hídricos e-mail :assis@fortalnet.com.br
RESUMO
Nas últimas décadas, muito se investiu na infra-estrutura hidráulica no Estado do Ceará, principalmente na Bacia do Rio Jaguaribe. Entretanto, crises no abastecimento e conflitos ainda acontecem com razoável freqüência, principalmente com a disputa entre as demandas para abastecimento humano, industriais e agricultura irrigada. Várias razões contribuem para isto: as variabilidades naturais do regime dos rios do Nordeste que dificultam o conhecimento das reais disponibilidades em água; os atuais arranjos institucionais para alocação da água não motivam o uso parcimonioso da água; e ainda a exportação de razoáveis quantidades de água para a cidade de Fortaleza.
Historicamente, a busca de soluções para o desequilíbrio entre a demanda e a oferta de água tem passado invariavelmente pela construção de novos reservatórios e perfuração de poços. Entretanto, atualmente as possibilidades de construção de novas barragens de grande porte estão praticamente esgotadas. Dessa forma, as alternativas para mitigação dos conflitos de uso da água deve buscar novas estratégias como: melhoria nas técnicas de operação do sistema de reservatórios e movimentação de águas e também mudanças nos hábitos de consumo no lado da demanda.
No lado da demanda podem ser ressaltadas medidas como: aperfeiçoamento do sistema de organização institucional para controle das outorgas; estabelecimento de regras de realocação para entrada de novos usos no sistema, incentivar a participação dos comitês de bacias nas tomadas de decisões