portugues
O processo de urbanização das cidades brasileiras, intensificado com o capitalismo, não ocorreu sempre de forma ordenada, sendo responsável pela aceleração do desmatamento com a conseqüente transformação do meio ambiente “natural”. Assim, a crescente concentração populacional que vem ocorrendo nas áreas urbanas e as condições ambientais aí existentes exigem que sejam tomadas decisões urgentes, no sentido de torná-las ambientalmente sustentáveis. Entendida a cidade como um sistema aberto, composto pelo meio físico e biológico, como também pelo homem e suas atividades, ela depende de outras partes do meio ambiente geral, sendo considerada por alguns autores como um ecossistema, e devido às intensas mudanças provocadas pela ação humana nesse ecossistema, este apresenta características e funcionamento cada vez mais distintos dos sistemas naturais. A esse respeito, Moura et al (2004, p. 2) ressalta:
“A cidade é o esforço materializado da apropriação e transformação da natureza pelo homem.
Nas áreas urbanas o meio ambiente “natural” está cada vez mais suprimido em detrimento do desenvolvimento econômico”.
De acordo com Mota (1999), O meio ambiente tanto pode influenciar o processo de urbanização como ter suas características alteradas em virtude das modificações impostas por esse processo.
O surgimento de cidades sem um adequado planejamento infra-estrutural pode refletir negativamente na qualidade ambiental e na qualidade de vida dos moradores, pois os fatores acima destacados, quando aliados à concentração e à desigualdade de renda, entre outras conseqüências, pode provocar distúrbios e inseguranças sociais,