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Nabuco (1849-1910), publicadas ao longo da trajetória pública deste que foi um dos primeiros pensadores brasileiros a ver a escravidão como o maior problema nacional. Além de ter refletido e escrito sobre a condição dos negros brasileiros — que ele conheceu por dentro desde a infância, passada em um engenho de açúcar em
Pernambuco —, Nabuco contribuiu decisivamente para o fim do regime escravista ao comandar a campanha pela libertação dos escravos, o Abolicionismo, que lhe ocupou durante quase uma década, desde 1879 até 1888. Além da política, Nabuco manteve outras atividades: estudou direito em São Paulo em Recife, atuou como advogado no Rio de Janeiro, trabalhou como jornalista, foi deputado e, no final da vida, tornou-se diplomata.
Neste livro, o organizador Evaldo Cabral de Melo selecionou textos de suas obras mais relevantes, como O
Abolicionismo (1883), Um estadista do Império (1897) e
Minha formação (1900). O volume traz também artigos publicados na imprensa e ensaios escritos no fim da vida de Nabuco, como as conferências que ele proferiu nos Estados Unidos quando foi embaixador do Brasil em
Washington. Ganham destaque no livro os artigos de análise social, política e econômica.
O livro é dividido em duas partes. Na primeira, estão os textos ligados à questão do escravismo e da campanha pela Abolição. No capítulo “Massangana”, de
Minha formação, o autor relembra a forte impressão que a escravidão lhe causou nos seus tempos de menino no engenho Massangana, de propriedade de seus padrinhos.
Do mesmo livro, “A Abolição” destaca os principais companheiros de causa. Os textos de O Abolicionismo são um estudo sobre os efeitos deletérios e degradantes do tráfico e da persistência da escravidão no