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Sociologia
Sociedade Portuguesa
Contemporânea

Liliana Bastos
ISVOUGA

Sociologia | Liliana Bastos
Nos dias de hoje Portugal atravessa uma crise económica que afeta a grande maioria dos seus habitantes. Portugueses, como todos nós, são levados a reduzir, em muito, as suas despesas para que consigam sobreviver de uma forma considerada aceitável.
Ao longo dos anos a mentalidade da nossa sociedade, em geral, foi mudando. Hoje em dia sabemos que não encontramos com regularidade, por exemplo, casais que decidam constituir matrimónio aos 18 anos, coisa que há uns anos atrás se considerava perfeitamente normal.
Consequentemente também o desejo de constituir família surge mais tarde e mais ponderadamente. Com todas as dificuldades financeiras que atravessamos, ter filhos implica um esforço acrescido por parte dos pais - pais estes que da parte do estado português se encontram “desamparados” – o que faz com que ponderem muito bem a situação financeira em que se colocariam ao terem, por exemplo 2 filhos.
Sem apoios sociais, a maioria dos casais opta por ter apenas 1 filho, ou então filhos com idades bastante diferentes para que possam garantir uma boa educação para ambos. Isso agregado ao casamento tardio dos dias de hoje faz com que seja biologicamente improvável para uma mãe, que tenha o primeiro filho aos 30 anos, ter mais do que 2 filhos.
Partindo agora do princípio que estaríamos perante um casal que decidisse ter filhos, ambos com o salario mínimo nacional (o que acontece na maioria das situações de emprego nessa idade), seria necessário que um dos salários se mantivesse apenas para despesas na educação de uma criança e de alimentação para ela e os pais, sendo que o outro salário corresponderia a contas de gás, eletricidade, água e habitação. Como tal para este casal seria monetariamente impossível a existência de um segundo filho.
Podemos então perceber que a mudança na mentalidade da sociedade portuguesa, bem como a falta de apoios por

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