Portugal e sua independência

“É tão guerreiro, que nasceu com a espada na mão, armas lhe deram o primeiro berço, com as armas cresceu, delas vive, e vestido delas, como bom cavaleiro há de ir para a cova no dia do juízo”. A origem do Estado português foi marcado por fortes batalhas, o processo de reconquista, ocorrido na península ibérica que teve como objetivo expulsar os mouros, foi marcado pela vontade da nobreza em conquistar terras para si. O patrimonialismo foi uma característica do Estado português, não há limitações entre os limites públicos e os limites privados. Portugal por ser um Estado absolutista, o rei controlava tudo, fazia todos os papéis da justiça, julgava e condenava. Principalmente dispunha do poder da terra, num tempo em que as rendas eram predominantemente vindas do solo. A coroa conseguiu formar, desde as primeiras batalhas, imenso patrimônio rural. Faoro mostra em seu livro a corrupção que havia. Durante o reinado de Afonso IV, do reino de Leão, Raimundo e Henrique de Borgonha, os nobres franceses, receberam do rei pelos seus destaques na guerra contra os mouros as suas duas filhas e terras. Raimundo recebeu a terra de Galiza, e Henrique recebeu o condado Portucalense. Com o recebimento das terras os nobres se tornaram vassalos do rei. Com a morte de Henrique, seu filho e sua mulher lutaram para tornar sua terra independente e conseguiram tornando assim seu filho o primeiro rei. E finalmente, em 1249 Portugal decreta sua independência. Durante o período em que a família de Borgonha assumia o comando, acentuaram-se as guerras contras os mouros e principalmente aumentaram-se os territórios conquistados. Também houve a formação de um exército tendo como chefe militar o rei. Foi durante o reinado de D. Fernando, que se estimulou o comércio e a navegação, fortalecendo assim a burguesia mercantil. Com o fortalecimento da burguesia, a nobreza começou a sentir-se ameaçada. D. Fernando morreu sem deixar herdeiros e sua filha única era casada com o rei de Castela, que