Portfólio
No início de século XVI é que os educadores renascentistas começaram a considerar a criança como uma criatura especial, com diferentes necessidades, requerendo uma separação protetora do mundo adulto. Foi a partir do Iluminismo que a criança passou a ser reconhecida como objeto de estudo da ciência, começando, assim, uma preocupação com a criança e sua formação, ali estava um pequeno adulto, o homem de amanhã. A infância se constitui como transitório, como um estágio passageiro que precisa ser apressado para se chegar ao crescimento e tornar-se “um ser pensante”, um corpo a ser introduzido no mercado de trabalho.
As mudanças sociais e econômicas, causadas pela Revolução Industrial e a entrada de homens no sistema produtivo da sociedade moderna, fez com que as crianças passassem a ser preparadas para o mercado de trabalho. Ao mesmo tempo, o desenvolvimento tecnológico possibilitou o controle de epidemias e a diminuição da mortalidade infantil.
O desenvolvimento da sociedade capitalista fez surgir à família nuclear composta de mãe, pai e filhos. Com isso a atenção que era dada à criança de maneira difusa e dispersa, passa a ser responsabilidade dos pais. Foi desse modo que a criança nasceu socialmente, como um ser frágil a quem se deveria orientar e educar. Inicialmente toda iniciativa e atendimento à criança pautaram-se pelo modelo assistencialista (médico, dentário, nutricional). A história das crianças e seus interesses não eram levados em consideração.
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