Portfólio administração individual
A partir da crise social e de acumulação do modelo de desenvolvimento fordista, as autoridades mais influentes nos campos político e econômico mundial iniciam a adoção de medidas para retornar a rentabilidade do capital e ajustar os Estados para propiciar a volta do crescimento.
Nesse período, emerge a necessidade de um intenso processo de reestruturação capitalista que implicou em novas formas de relações entre capital e trabalho, entre os
Estados e entre capitais a partir do aprofundamento da internacionalização. Em todos esses campos, a palavra-chave colocada como porta para a saída da crise é a flexibilidade, sendo um novo paradigma colocado para romper com a velha rigidez fordista que não era mais próspera em um novo cenário mundial.
Para retornar a acumulação, as inovações tecnológicas foram intensificadas e colocadas como necessárias para garantir a competitividade e renovar o consumo, ao passo que novas formas de organizar o trabalho estão transformando as relações de trabalho nas firmas industriais e na gama de serviços que foram incorporados como suporte necessário para esse setor (marketing, informática, design, finanças, etc).
Todas essas transformações vêem acompanhadas por modificações no mosaico de relações de poder estabelecidas entre as nações apontando para um novo cenário onde o unilateralismo norte-americano, base da era fordista do mundo capitalista, está cada vez mais desintegrado, dado espaço para relações multilaterais colocadas a partir da emergência de países de industrialização tardia como grandes economias no século XXI.
Assim, essa reestruturação demonstra ser profunda em alguns aspectos, não tão profunda em outros, porém com muitos determinantes que estão levando o capitalismo para um novo estágio marcado pela rápida inovação, pelo toyotismo como modelo mais aceito, pelo multilateralismo nas relações internacionais, pela hiper-mobilidade dos capitais, pela desregulamentação dos