PORCE III
As barragens de betão feitas em vales apertados pois a resistência do betão tem algumas limitações relativamente ao comprimento da barragem. Apesar de muito resistentes, estas barragens são também muito vulneráveis a certos tipos de situações. Se houver algum erro de projeção e a barragem fender pode ter consequências catastróficas. Já numa situação de galgamento pela água da albufeira não é tão prejudicial. Podemos definir dois tipos de barragem de betão tendo a forma como são construídas. As barragens de gravidade São constituídas por uma parede de betão (concreto) que resiste pelo próprio peso à impulsão da água e transmite as solicitações à fundação. A utilização de contrafortes a jusante* permite aligeirar a parede da barragem. Nesse tipo de construção a força que mantém a barragem em vigor contra o impulso da água é a gravidade da Terra.
Barragens por gravidade: estas são os mais simples porque confiam na força gravitacional para opor o momento virador causado pela pressão da água do reservatório. Há também barragens ocas por gravidade, estas requerem menos betão e consequentemente menos custos para a construir. As exigências da fundação são mais críticas. As barragens de contrafortes requerem também mais menos betão do que barragens da gravidade. Os contrafortes suportam a carga do reservatório. Também a utilização da jusante* permite aligeirar a parede da barragem. Os seguintes tipos podem ser considerados neste grupo: barragens maciças; barragens aliviadas a contrafortes e barragens de placas planas ou em arco. Podem ser executadas com os seguintes materiais: alvenaria de pedra, betão ciclopico e betão armado. Incluem-se nesse grupo também as barragens de terra e enrrocamento (pedras soltas).
Barragens de arco
São construídas em vales mais apertados, podendo desta forma a altura ser maior que a largura. A primeiro barragem desse tipo foi construído pelos romanos na França em meados do século 1