por uma arquitetura
Le Corbusier
1. Estética do Engenheiro, ARQUITETURA.
O engenheiro, inspirado pela lei de economia e conduzido pelo cálculo, nos põe em acordo com as leis do universo. Atinge a harmonia.
O arquiteto, ordenando formas, realiza uma ordem que é pura criação de seu espírito; pelas formas, afeta intensamente nossos sentidos, provocando emoções plásticas; pelas relações que cria desperta em nós ressonâncias profundas, nos dá a medida de uma ordem que sentimos acordar com a ordem do mundo, determina movimentos diversos de nosso espírito e de nossos sentimentos; sentimos então a beleza.
2. O volume
A arquitetura é o jogo sábio, correto e magnífico dos volumes reunidos sob a luz. Nossos olhos são feitos para ver formas sob a luz; as sombras e os claros revelam as formas; os cubos, os cones, as esferas, os cilindros ou as pirâmides são as grandes formas primárias que a luz revela bem; suas imagens não são nítidas e tangíveis, sem ambiguidades. É por isso que são belas formas, as mais belas formas. Todo mundo está de acordo com isso, a criança, o selvagem e o metafísico. É a própria condição das artes plásticas.
3. A superfície
É o envelope do volume e que pode anular ou ampliar a sua sensação. O volume é envolvido por uma superfície, uma superfície que é dividida conforme as diretrizes e as geratrizes do volume, marcando a individualidade desse volume.
Os arquitetos, hoje, têm medo dos constituintes geométricos das superfícies. Os grandes problemas da construção moderna serão realizados sobre a geometria Sujeitos às estritas obrigações de um programa imperativo, os engenheiros empregam as geratrizes e as linhas reveladoras das formas. Criam fatos plásticos límpidos e impressionantes.
4. A planta
É a geradora do volume e da superfície e que é aquilo pelo qual tudo é determinado irrevogavelmente. A planta é geradora. Sem planta há desordem, arbitrário. A planta traz em si a essência da sensação. Os grandes problemas de amanhã, ditados