Por que o Cérebro Prefere o Papel?
Com o mundo evoluído que vivemos, a tecnologia tem surgido para facilitar todas nossas ações diariamente. Os chamados e-readers e tablets tem se tornado cada vez mais popular, mas a leitura feita em livros ainda oferece maiores benefícios.
Antes de 1992, a maioria dos experimentos feitos concluía que as pessoas acompanhavam mais lentamente conteúdos lidos na internet. Mas, recentemente pesquisas revelam que as pessoas ainda preferem o papel, especialmente quando precisam se concentrar por mais tempo. No Brasil em 2012, a pesquisa realizada mostrou que aproximadamente 5% da população já leem a partir de e-books.
Apesar de a tecnologia estar acessível a maioria dos estudos revela ainda que o papel ainda oferece vantagens sobre a tela como meio de leitura. Comparada ao papel, a tela pode exigir mais recursos mentais enquanto lemos e dificultar a fixação de lembranças sobre o que lemos. É interessante saber que a maioria das pessoas aproxima-se do computador e tablets com um estado mental menos aberto ao aprendizado do que com o papel. Os e-readers não conseguem também transmitir a experiência tátil da leitura
Como acontece, então?
Compreender a diferença de como a leitura no papel difere da tela, é associado a como nosso cérebro interpreta a linguagem escrita. Embora letras e palavras gerem símbolos que representam sons e ideias o cérebro também as consideram objetos físicos. Não nascemos com circuitos cerebrais dedicados á leitura. Assim, na infância o cérebro cria um novo circuito para a leitura, “realocando” fitas do tecido neoural anteriormente dedicadas a fala, coordenação motora e visão. E é aí algumas delas se especializam em reconhecimento de objetos que ajudam a distinguir imediatamente uma maça de uma laranja, por exemplo. Da mesma forma, quando aprendemos a ler, e escrever começamos a reconhecer as letras e por seus arranjos particulares, o processo de aprendizagem tátil tanto dos olhos