POR QUE PRESERVAR A SAUDE MENTAL DO TRABALHADOR
Atividade 3 – Descreva, no mínimo em 30 linhas, sobre a necessidade de se preservar a saúde mental dos trabalhadores, um dos valores inerentes à própria dignidade humana.
O panorama da situação econômica atual vem acompanhado de elevados índices de desemprego nas grandes cidades. Baseado nesta situação, podemos crer que não haja espaço para que a subjetividade do trabalhador possa ser incluída no seu trabalho. O temor do desemprego tem papel fundamental na determinação das formas subjetivas das relações de trabalho. Do lado de quem emprega, a utilização deste “argumento”, muitas vezes de forma velada, serve para exigir produção excessiva sob pressão, com ritmo e tempo determinados, sem qualquer possibilidade de participação do trabalhador na concepção, no planejamento e na definição de seu trabalho. Do lado de quem é empregado, sobra a convivência com a competitividade destrutiva e o individualismo, o medo de se colocar, de falar, de reivindicar direitos estabelecidos em lei, ou de adoecer, simplesmente. Com a flexibilização das relações de trabalho, a situação tende a se agravar. Novos riscos começam a emergir, inclusive os invisíveis, como o assédio moral.
A forma como o trabalho é organizado, sua maior ou menor flexibilidade, guarda relação com a saúde e o sofrimento mental. Essa flexibilidade pode ser avaliada pelo espaço existente entre o que é prescrito e o que é de fato realizado. É preciso que o trabalhador tenha margem razoável de negociação com a organização do trabalho. Uma maior possibilidade de intervenção sobre a forma como o trabalho é organizado, adaptando-a às suas necessidades e conectando-a à sua subjetividade proporcionaria a obtenção de prazer e satisfação, ao passo que uma organização do trabalho inflexível, por exemplo, com imposição de ritmos de trabalho e desrespeito à autonomia do trabalhador, favoreceria a emergência do sofrimento mental e doenças psicológicas.
O psicanalista francês