Por que pensar?
- Estamos passando por um período de transição confuso, de criação e destruição, motivado pela globalização que nos torna apáticos e não reativos, dada a aceleração dos processos dela inerentes e que nos incapacitam de reagir de forma lucida. Pois, estamos ocupados em sobreviver esmagados entre a exclusão, desigualdade e polarização entre ricos e pobres.
- Viemos de um caminho que a ciência trilhou e que torna o conhecimento uma coisa de certa forma vazia, sem propósitos e objetivos. A não ser aqueles de horizontes limitados, pautados na imparcialidade, neutralidade e autonomia que fazem com que o pensamento científico se esqueça de pensar no longo prazo, nas consequências de suas descobertas, e vise um futuro melhor, com mais esperança e menos perverso.
Então, ele discorre sobre 6 respostas diferentes em sua abordagem, mas complementares, para chegar a uma conclusão:
1) Precisamos de um outro pensamento que não se preocupe em estar à frente do seu tempo, mas que caminhe junto com ele, visto que esse tempo já está muito acelerado.
2) O rigor do pensamento científico precisa andar junto com a ação, dando a ela a lucidez necessária para enxergarmos para onde queremos ir e pautada no bem, para emergir do caos de forma múltipla.
3) É preciso lutar contra a ideia de que não há alternativas à globalização hegemônica.
4) Devemos criar formas de pensamento que sejam acolhedoras às emoções, pois o conhecimento dos obstáculos, que são grandes e complexos, pode nos paralisar e nos tornar apáticos.
5) Lutas lúcidas nem sempre nos conduzem a resultados lúcidos, precisamos medir suas consequências.
6) Não podemos confiar em quem pensa por nós. E, enfim, ele chega à seguinte conclusão:
“Pensar nessas condições