Por que estudar a mídia – de Roger Silverstone:
Marcos Vinicius
Ariane fernandes
Marina Mendonça
Por que estudar a mídia – Roger Silverstone:
O consumo é um fenômeno de contrastes, e ocasional. É uma atividade individual e coletiva, privada e pública, que depende da destruição de bens para a produção de significados.
Representa ideais e sonhos e se revela na linha ténue entre o trabalho e o lazer. É o trabalho que une indivíduos e coletividades, definidos por gosto, status ou carência.
Por consumo não podemos considerar apenas o ato da compra. Esse é somente um dos estágios desse ciclo de vida da mercadoria. Um ciclo que não tem início e muito menos fim, com um jogo constante de produtos e significados deslocando a atenção para longe da manufatura e focando na sua imagem e apropriação do uso.
Aprendemos como e o que consumir pela mídia. Por ela, somos persuadidos a consumir. Não seria exagero dizer que a mídia também nos consome. É uma forma de mediação, à medida que os valores e significados dados de objetos e serviços são trazidos e transformados nas linguagens do privado, do pessoal e do particular. Construímos nossos próprios significados, negociamos nossos valores e, ao fazer isso, tornamos nosso mundo significativo.
Aos poucos os valores foram se alterando e hoje o ter representa mais que o ser. Os objetos moldam e exibem um caráter, ao mesmo tempo que representam status. Daí a importância de agregar valores à marca. Fantasias devem ser oferecidas e corporificadas nas imagens da propaganda e nas manipulaçôes do mercado de trabalho. Não podem contudo ser satisfeitas, e não o devem. Devem ser sustentadas pois são o produto de um alienante sistema de produção do qual dependemos por completo. Para isso, as sociedades ciraram mecanismos, locais e ritos próprios para a regulação do consumo. E esses marcadores ainda têm uma forte presença entre nós. Appadurai diz, no entanto, que no caso do consumo, o natural não define o cultural e o temporal. Em sua visão é o consumo que organiza a