Ponte na França
Viaduto de Millau
Com até 343m de altura e sete apoios, a ponte mais comemorada da Europa é um exemplo raro de obra estaiada de vãos múltiplos. Principais desafios foram a ação do vento e o vale escarpad
Eride Moura
FICHA TÉCNICA
Cliente: Ministério Francês da Infra-Estrutura e
Transporte
Arquitetura: Foster and Partners
Colaboradores: Kevin Carrucan, Anne
Fehrenbach, Alistair Lenczner, Tim Quick e Ken
Shuttleworth
Engenheiro: Michael Virlogeux
Arquitetos associados: Chapelet-Defol-Mousseigne
Engenharia estrutural: EEG (Europe Etudes Gecti), Sogelerg e Serf
Paisagismo: Agence TER
Concessionária (desenho, construção e operação): CEVM (Compagnie Eiffage du Viaduc de
Millau)
Elo vital da auto-estrada A 75 - uma nova e eficiente ligação entre a França e a costa mediterrânea -, o Viaduto de Millau foi inaugurado em dezembro de 2004, após três anos de trabalhos. Desde o início, o viaduto representou um desafio considerável, pois seus vãos deveriam unir, com segurança, dois pontos muito altos sobre o vale do rio Tarn, que é largo, profundo e muito escarpado em alguns pontos.
Os estudos preliminares para implantação do Viaduto de Millau tiveram início em 1987, por órgãos do governo francês, escritórios técnicos privados de consultoria e especialistas internacionais. Duas opções para cruzar o vale foram estudadas: uma baixa, com uma ponte estaiada clássica sobre o Tarn, viadutos em curva e túneis; e a opção alta, com um único viaduto.
Escolhida a segunda opção, o passo seguinte foi a definição das soluções possíveis para o viaduto - cujas idéias deveriam ficar restritas aos aspectos estruturais, pois se queria evitar decisões prematuras do partido arquitetônico. Dessas primeiras análises, sete propostas foram escolhidas para serem estudadas. O resultado dessa análise recaiu sobre uma estrutura com múltiplos vãos estaiados e de dimensões variadas, que levou a equipe a inúmeros questionamentos sobre o comportamento da