Políticas Educacionais
Filosofia: palavra de origem grega, significando quase literalmente “amor à sabedoria”. Uma das mais antigas disciplinas estudadas pelo ser humano, nascida da reflexão e fundamentada na razão crítica e no debate. A arte de pensar e expressar suas ideias. Tentar negar sua importância para o desenvolvimento do homem e da sociedade nada mais seria do que um exercício de futilidade: basta ver os usos de Aristóteles em todo tipo de legitimação política pró ou anti democrática, a deturpação das ideias de Nietzsche pelo nazismo, ou mesmo a manutenção de todo um sistema político por meio de Maquiavel. E esses são apenas exemplos de aplicações diretas e no campo político; em algo tão amplo como os estudos filosóficos tudo pode ser incluído, da existência do mundo à crença religiosa, da dialética à estética, da morte à matemática.
Nada mais lógico, então, do que aproximá-la dos alunos, certo? Afinal, o que poderia ser mais benéfico para aqueles que estão formando seu pensamento do que a discussão de temas que residem nas bases da estrutura social em que estão inseridos, da conscientização de que conseguem formular ideias abstratas e do exercício necessário para manter uma argumentação sólida? Para guiá-los, séculos e séculos de pensadores, correntes e tradições, concordando e concorrendo uns com os outros e, no meio do caminho, transformando seu presente em nosso futuro. E, realmente, a última LDB realmente tornou obrigatório o ensino de Filosofia e Sociologia no Ensino Médio. Vitória para os filósofos, certo?
Teoricamente, sim. Na pratica, porém, o que vemos nas escolas não é fundamentalmente Filosofia, mas a história desta. Aos estudantes são entregues, seguindo uma ordem cronológica, os nomes de alguns importantes filósofos, sua breve biografia, suas principais ideias. Quão comum não é deparar-se com definições de “moral”, “ética”, “realidade”,..., escritos no quadro à guisa de verdades? Mais do que deveria.
Neste trabalho procurarei discutir a