Políticas de Saúde no Brasil

2002 palavras 9 páginas
Políticas de saúde no Brasil

Com a virada do século, a população criou grandes expectativas quanto ao progresso do país, na Ciência, Engenharia, Eletricidade e Medicina. Era uma época em que se exigia desse avanço, pois doenças epidêmicas como cólera, varíola, febre amarela e pestes estavam rapidamente se espalhando nas principais cidades brasileiras, o que manchava o nome do Brasil e afetava a negociação com outros países e a imigração. O acesso à saúde era restrito aos ricos, que tinham consultas com médicos e doutores. A população pobre só dispunha de atendimento filantrópico nos hospitais de caridade mantidos pela igreja. O capitalismo começava a ganhar popularidade, e percebiam que precisavam da mão de obra livre e do imigrante para que houvesse expansão do café, e do saneamento de portos, estradas, fazendas e cidades. Apareceu então Oswaldo Cruz, que foi nomeado diretor pela Diretoria Geral da Saúde, criou institutos para produção de vacinas e organizou uma campanha. Os doentes de moléstias contagiosas eram obrigados a quarentena, e assim, ele prometia sanear o Rio de Janeiro. O prefeito do Rio de Janeiro realizou uma ação de limpar o centro da cidade, dos pobres e dos cortiços, e assim muitas famílias foram despejadas. Ainda no começo do século, Oswaldo Cruz coordenou os esforços de erradicação da varíola, obrigando a vacina para toda a população. Mas muitos ainda resistiam, chamando a campanha de ditadura sanitária (Revolta da Vacina). Os militares positivistas eram contra a vacinação obrigatória, e apesar de reconhecerem o progresso da Ciência, alegavam que a imposição das campanhas contrariava a liberdade e o direito dos cidadãos. Em São Paulo, Emilio Ribas comandou as obras de saneamento dos portos de Santos, e convivia com doentes de febre amarela para provar que não era uma doença contagiosa. Por volta de 1917, houveram grandes greves operárias nas indústrias têxteis, e a gripe espanhola matava milhares no Brasil. Em 1923, o deputado

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