Políticas de enfrentamento de desastres naturais: avaliação de um caso na cidade de petrópolis
CAPÍTULO I
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Aos dezesseis dias do mês de novembro de 2010, a Estação Meteorológica da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Petrópolis, registra uma precipitação pluviométrica acumulada em 1670.0mm.
A precipitação média anual é de 2200mm e as chuvas se concentram de outubro a março, ocorrendo com maior intensidade no mês de dezembro, quando os índices pluviométricos chegam a 316mm (15% das chuvas anuais). No período menos chuvoso, que vai de maio a agosto, o mês de julho apresenta o menor índice pluviométrico com 66mm, correspondendo a 3% das chuvas anuais. Embora os índices de umidade sejam elevados no município, o regime pluviométrico acompanha o ritmo característico do interior, isto é, as precipitações se reduzem no inverno (NIMER, 1989; GONÇALVES, 1998).
Faço parte do quadro permanente da Prefeitura de Petrópolis hà quatorze anos, destes, há oito integro o Quadro Administrativo da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil. Durante este período acompanhei diversos problemas decorrentes de elevados índices pluviométricos e conseqüentes acidentes geomorfológicos, que assolaram o município e suas respectivas consequências.
Superados os problemas de extrema urgência, as pessoas afetadas passam a aguardar por soluções por parte do Poder Público. Em 2008 pude observar que geralmente essa solução é interpretada por disponibilização de serviço funeral para os casos que resultem em óbitos, um aluguel social para os desabrigados, auxilio monetário único para os desalojados, enfim, soluções meramente materiais.
Ocorre que as perdas não podem ser visualizadas apenas sob prisma material, e sim, consideradas a partir de todo um contexto, físico, psíquico, social, cultural e religioso.
1.1. Enfermagem e a Preocupação Ambiental
A enfermagem, no seu cotidiano de trabalho, parece ainda não ter incorporado a temática ecológica como uma