PROTOCOLO DIREITOS DE CRIAN AS E ADOLESCENTES EM SITUA O DE DESASTRES
PARA PROTEÇÃO INTEGRAL
DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES
EM SITUAÇÃO DE DESASTRES
2013
Sumário
1. Introdução
5
2. Marcos Referenciais
9
3. Objetivos do Protocolo
11
4. Definição dos Termos
12
5. Princípios da Proteção de
Crianças e Adolescentes
16
6. Diretrizes para as Políticas de Atendimento A Crianças E
Adolescentes
19
7. Ações de Proteção Integral de
Crianças e Adolescentes em
Situação de Desastre
23
7.1 Prevenção e Preparação
25
37
65
7.2 Respostas
7.3 Recuperação
8. Gestão do Protocolo
4
As fotos utilizadas nesse documento foram cedidas pela Secretaria Municipal de Defesa Civil do
Municipio de Duque de Caxias e pela Subsecretaria de Defesa Civil do Municipio do Rio de Janeiro
©Rosane Lopes
76
5
Introdução
A
maior ocorrência de desastres naturais decorrente da deterioração ambiental e de mudanças climáticas, bem como a complexidade e o efeito cumulativo dessas emergências, têm aumentado o número de pessoas afetadas e de bens expostos, com crescimento das perdas econômicas no país e dos impactos transnacionais devido ao processo de globalização. Nesse cenário, cada vez mais se torna necessário ampliar a capacidade nacional de enfrentamento dessas situações, com prioridade para a constituição de uma agenda pública específica, com menor dependência da assistência humanitária.
No caso de um planejamento de ações de proteção humana, crianças e adolescentes devem ser prioridade. Isso porque tais grupos etários são especialmente vulneráveis em situações de desastres, não apenas pelas con-
sequências imediatas (riscos de morte, maior exposição a doenças e violência), mas também em longo prazo, com relação ao seu desenvolvimento futuro (devido ao atraso escolar, sofrimento psíquico, reabilitação motora, entre outros). Essa vulnerabilidade é tanto maior quanto menor for a idade das crianças, devido a diferenças no senso de percepção de risco, na capacidade motora, na utilização da visão periférica etc.
Por outro lado, em meio às